Dra. Maria Montessori afirmou que a mente infantil funciona como uma verdadeira esponja, a que ela denominou de "mente absorvente". Tudo é absorvido: o que se vê, o que se ouve. Mas seria apenas a criança pequena que “absorve” o que acontece a sua volta?
Vivemos um novo paradigma social. A mídia reproduz diariamente problemas de uma sociedade em crise: guerras infindáveis, corrupção nos governos e grandes empresas, preconceito, violência contra a mulher, entre outros tantos exemplos. Este novo modelo nos leva a um estado de normose, onde tudo parece ser normal, aceitável, e muitas vezes não o é.
Como educar crianças e jovens, em uma sociedade repleta de exemplos duvidosos? Como evitar que absorvam estes exemplos tão massificados pelas diversas mídias a que têm acesso? Como impedir que considerem tudo isso "muito normal"? A normose do que é contrário ao bem coletivo pode e deve ser evitada, bastando para isso a criação de um espaço de diálogo em família. É em família que tudo deve começar: bons exemplos, boas conversas.
É um trabalho de casa, de família, que se faz indispensável. Conversar, analisar, aprender a criticar, ver atitudes positivas que se contraponham aos maus exemplos. É importante criar situações domésticas que favoreçam ao bom e esclarecedor diálogo, para que ideias boas e comportamentos baseados nos valores elevados sejam apresentados. Reservar um tempo para conversas em família é o melhor antídoto para evitar que os maus exemplos sejam absorvidos e perpetuados.
Educar é a tarefa mais relevante dos pais, e o caminho para mudanças na sociedade.