A educação Montessori tem fundamentos científicos, uma vez que sua criadora se baseou os pilares de seu trabalho em ciências como a Psicologia, a Filosofia, a Antropologia, e evidentemente, em estudos feitos por grandes educadores como Rousseau, Froëbel, Pestallozzi, além da grande influência do movimento Escola Nova, na Europa do início do século XX, que propunha um olhar diferente para o aluno e para o espaço escolar.
Maria Montessori, em sua humildade, fez questão de afirmar, quando estava sendo aclamada mundialmente por seu trabalho, que nada fizera a não ser adequar ideias que vinham sendo divulgadas. Ela disse ter concretizado a escola que fora defendida por grandes estudiosos que a antecederam.
Apesar de sua simplicidade, Montessori deixou uma marca diferenciada na educação, pois eliminou preconceitos em relação à criança, tirou ideias do papel e as concretizou. Criou um ambiente em que tudo pudesse acontecer: um ambiente físico que gerasse o desejo de aprender, que estimulasse a curiosidade do estudante, ambiente em que a possibilidade do movimento físico apoiasse o desenvolvimento intelectual e a criatividade. Espaço e organização se tornaram palavras de ordem em seu trabalho.
Mesmo passados mais de 100 anos de sua proposta ‘revolucionária’ ter chamado a atenção de grandes personagens do quilate de Graham Bell, Montessori é uma Maria muito destacada no meio educacional atual. Ela identificou o potencial de cada criança, de cada adolescente, ao publicar suas obras em que demostrou uma educação que encanta os alunos e alunas ainda hoje. Atualmente, seus postulados são encontrados em trabalhos que começam com o recém-nascido e beneficiam até mesmo aos idosos.
Um ambiente bem estruturado para cativar, permitir que haja encantamento com o que se está aprendendo, que seja flexível e atenda às diferenças individuais, essas são algumas das máximas de seu trabalho, que permanece considerado inovador.